Título: POLLYANNA
Autor: Eleanor H. Porter
Editora: Nacional
Número de páginas: 181
Sinopse: A pequena Beldingsville, uma típica cidadezinha do início do século XX na Nova Inglaterra, Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma órfã de 11 anos, que vai morar com a tia, a irascível e angustiada Polly Harrington. Por influência da menina, de uma hora para outra, tudo começa a mudar no lugarejo. Tia Polly aos poucos torna-se uma pessoa melhor, mais amável, e o mesmo acontece com praticamente todos os que conhecem a garota e seu incrível "Jogo do Contente". Uma otimista incurável, Pollyana não aceita desculpas para a infelicidade e empenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza.
Olá, tudo bem com vocês? Essa semana iremos apresentar a segunda 'leva' das resenhas do nosso Desafio Literário.
Quando
fui desafiada a ler um livro de algum autor com a mesma inicial do nome que eu,
não sabia qual seria minha escolha mas tinha uma certeza em mente: ele sairia
da minha estante, da lista de "não lidos". Sendo assim, minha
primeira opção foi "O morro dos ventos uivantes", da Emily Brontë,
que há algum tempo aguarda para ser degustado.
No
entanto, organizando uma antiga estante aqui de casa, encontrei muitos livros
dos tempos de criança, dentre eles, "Poliana", da Eleanor H. Porter.
Livro que eu, inclusive, já havia lido lá por volta dos meus dez anos de idade.
Como as únicas coisas que eu me lembrava dele eram que Poliana era uma menina
muito otimista e que era um livro gostoso de ler, resolvi relê-lo para o
desafio. E assim veio minha surpresa...
Antes
de apresentar minhas sensações e opiniões, vamos entender quem de fato é
Poliana.
Publicado
originalmente em 1913, Poliana conquistou o mundo por tratar-se de uma história
emocionante e cheia de inspiração.
Órfã
ainda na infância, a menina fica sob os cuidados de algumas senhoras, até que
sua tia Paulina manda buscá-la para que possa morar com ela. A ideia de virar
tutora de Poliana não lhe agrada. No entanto, a mulher decide encarar seu dever
e fazer o que considera o certo.
Manda
preparar um quartinho escuro e simplório no sótão da casa e, sem qualquer
carisma ou simpatia, recebe a menina.
Já
nos primeiros momentos, Poliana demonstra que esperava um quarto bem diferente
pois, mesmo sendo pobre e acostumada com "pouco", a menina tinha
outros sonhos em relação a casa da tia.
Aborrecida
em seu quarto sem cortinas e tapetes, Poliana lembra-se de imediato que deve
procurar motivos que lhe deixem feliz, afastando completamente qualquer
tristeza que venha lhe perturbar.
O
hábito de buscar em sua mente algo que lhe faça sorrir sempre que bata uma
tristeza qualquer, trata-se de um jogo ensinado no passado por seu pai, nomeado
de "Jogo do Contente". Poliana explica que devemos sempre nos
contentar com o que a vida nos oferece, lembrando sempre que algo poderia ser
pior, ou que alguém pode, naquele mesmo momento, estar passando por uma
situação mais difícil que nós. O Jogo sempre funciona na vida da menina e,
sendo assim, ela não hesita em ensiná-lo a todos que conhece, começando pela
governanta de sua nova casa, Nancy.
Poliana
vai conhecendo os moradores da redondeza onde está morando, ensinando a todos o
tal Jogo, cativando até os mais sisudos com sua simpatia, otimismo e bondade
extremos.
A
personagem mais difícil de se atingir é a tia. Que marcada por dores do
passado, encontra-se sempre fechada para a menina.
O
livro é basicamente isso. Não adianta esperar uma grande reviravolta, porque
até o "ápice" do livro é manjado e nada surpreendente. E não digo
isso por ser uma obra antiga que todos já conhecem pois, como eu disse, não me
lembrava de nada dela!
Todo
o otimismo e insistência em ser alegre de Poliana me cansou ao invés de
inspirar. Na metade do livro eu já queria que a protagonista morresse. Diálogos
do tipo: "Fique feliz por ter as pernas quebradas, pior seria se você não
pudesse andar" são ditos pela menina ao longo do livro e eu já não
aguentava mais essa narrativa quase sempre repetitiva.
Não desmereço a importância da obra pra Literatura mundial, de forma alguma. Tampouco tenho a ousadia de desclassificá-la como uma das maiores personagens já criadas, levando em consideração a época e tudo que ela representou. Mas talvez a maturidade tenha me tirado a paciência e sensibilidade de criança... Fato é que Poliana foi uma leitura chata por demais e eu espero não me esquecer disso para não correr o risco de voltar a ler daqui uns anos!
Não desmereço a importância da obra pra Literatura mundial, de forma alguma. Tampouco tenho a ousadia de desclassificá-la como uma das maiores personagens já criadas, levando em consideração a época e tudo que ela representou. Mas talvez a maturidade tenha me tirado a paciência e sensibilidade de criança... Fato é que Poliana foi uma leitura chata por demais e eu espero não me esquecer disso para não correr o risco de voltar a ler daqui uns anos!
E vocês, já leram Poliana? O que
acharam?
![]() | | Eliza Alvernaz | Twitter - Skoob | Todos os posts do autor Pedagoga, especialista em Supervisão Escolar e Gestão de Ensino. Leitora compulsiva, libriana desastrada, apaixonada por filmes e séries, viciada em internet e corujas. Mora no interior do Rio de Janeiro, mas não desiste de ganhar e mudar o mundo! |
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