Não
entendo a necessidade, quase desesperada, de algumas pessoas em afirmarem-se, a
todo tempo, como sendo "loucas"! Assumem loucura, desequilíbrio e
insanidade, como sinônimo de gente legal e desencanada.
A
sociedade estabelece padrões que faz com que muitos reneguem e passem a andar
pelas beiradas, fato incontestável. Sair da caixa, num passado não muito
distante, já significou loucura, mas os tempos são outros e, hoje, andar fora
dos trilhos não tem mais o mesmo sentido dos movimentos Hippies de outrora.
Não
há necessidade de se levantar a bandeira da loucura. Ainda mais quando a maior
loucura que se comete é comer miojo no almoço.
Afinal,
o que é louco para ti, aos olhos do outro é careta. E vice-versa, e versa-vice.
Recusar
viver de acordo com a "moral e os bons costumes", ser livre em nossas
escolhas e desejos, e ver o mundo de outra cor e forma, não faz de nós loucos.
Não
há sanidade maior do que querer o melhor pra si. Não há maior prova de
equilíbrio do que buscar evoluir, estar à frente de qualquer sociedade
retrógrada.
Se
me fosse dado o poder do aconselhamento, eu diria; rechaçar a retidão não faz
de ti mais feliz ou honesto. Melhor seria despir-se da máscara da loucura,
olhar pra dentro de si e aceitar que não há necessidade de negar a ordem e
endeusar o desvario para colocar-se em posição confortável e divergente no
mundo.
Somos
todos ímpares. Cada qual com seus sonhos e desatinos. Somos todos loucos, somos
todos normais. Tudo uma questão de ângulo.
O
que nos faz diferente não é a loucura fake que virou moda inflar. Mas a
capacidade de, mesmo com a cabeça voando por aí, não rompermos com a realidade,
melhorando o que encontra-se bem firme abaixo de nossos pés.
Sobre o Autor:
![]() | | Eliza Alvernaz | Twitter - Skoob | Todos os posts do autor Pedagoga, especialista em Supervisão Escolar e Gestão de Ensino. Leitora compulsiva, libriana desastrada, apaixonada por filmes e séries, viciada em internet e corujas. Mora no interior do Rio de Janeiro, mas não desiste de ganhar e mudar o mundo! |
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