Eu reparei esta semana que você
me excluiu da única rede social que tínhamos em comum. Nós não nos falávamos
recorrentemente, não éramos amigas, mas eu fiz questão de tentar demonstrar que
você podia confiar em mim, eu só não sabia como fazer isso.
Recebi você em um
ambiente em que só pessoas íntimas foram convidadas, fazendo questão de
tê-la lá. Sempre deixei claro que as portas da minha casa estavam abertas pra
você, e nunca foi por hipocrisia ou tentar parecer ser qualquer coisa que não
faço ideia do que possa ser. Era sincero. Na primeira oportunidade que tive de
conversar com você, contei coisas íntimas, falei da minha saúde física e,
principalmente emocional, eu queria apenas que você entendesse que eu estava
ali, de braços abertos pra tê-la por aqui.
É comum incentivarem a rivalidade
entre as mulheres. Sei bem.
Mas por aqui as coisas correm
diferentes!
No passado, pensei que amava um
cara. Levei tempo pra entender o que era amor e que aquilo lá era uma outra
coisa bem diferente. Passei maus bocados. Coisa que quase ninguém sabe. Coisa
que nem eu sabia direito o que era, do que se tratava exatamente cada coisa.
Mas a culpa era minha se eu sofria, não é mesmo? Afinal, eu continuava com ele.
Não.
Mas esse “não” eu também levei
algum tempo pra descobrir. Me perdoar foi o segundo passo mais difícil.
Encontrar o equilíbrio entre envolver-me em uma rocha e muitos escudos, e
voltar a relacionar-me com pessoas, foi o primeiro.
O que eu passei no tempo em que
ficamos juntos, e no tempo em que ficamos separados, mas em que eu continuava
sendo controlada psicologicamente, eu vou me abster de falar aqui. Não foram
coisas fáceis, nem simples, nem comuns a qualquer relacionamento ruim. E não vou poupar-me de falar por medo ou por vergonha, mas apenas porque o assunto aqui é
você.
Eu tinha você naquela rede
social, porque eu queria ter certeza que DESSA vez eu poderia fazer alguma
coisa, já que na anterior a você, a única coisa que eu pude fazer foi escutar
histórias criminosas e ficar de mãos atadas.
Mas, não, dessa vez eu te
conhecia. Eu tinha um rosto, um nome. Eu podia sonhar que ele iria mudar (mesmo
sem acreditar), mas podia. Mas... Caso não acontecesse, eu sabia ao menos aonde
ir.
Eu só queria tê-la por perto.
Mesmo que distante!
E eu ainda quero dizer que não
desisti.
Que eu não sou sua inimiga, nem
sua rival e que, hoje, qualquer coisa que eu faça é pelo bem-estar de outrem. E, se
isso está te afetando: ou você está sendo muito enganada, ou você precisa rever
tudo aquilo que você tenta passar como filosofia de vida!
E, por fim, queria dizer que, com
tudo isso: eu ainda vou estar aqui!
Um beijo, e até o próximo post!
![]() | | Eliza Alvernaz | Twitter - Skoob | Todos os posts do autor Pedagoga, especialista em Supervisão Escolar e Gestão de Ensino. Leitora compulsiva, libriana desastrada, apaixonada por filmes e séries, viciada em internet e corujas. Mora no interior do Rio de Janeiro, mas não desiste de ganhar e mudar o mundo! |
Adorei esse post. Isso, de certa forma, aconteceu comigo. Algumas pessoas, maioria mulheres, tende a achar que a outra é inimiga, que queremos coisas que são dela, ou algo parecido. Nunca entendi isso. Muitas vezes a gente só quer alguém pra conversar e ter uma amizade. Pena que as pessoas não exergam
ResponderExcluirPena mesmo, Nayane! E tomara que isso mude com o tempo. Acho que já mudou bastante, se formos comparar com gerações passadas. Mas ainda temos muito caminho pela frente!
ExcluirQue bom que gostou! :)
Beijos <3